“Nas Terras Perdidas”: Críticos Divididos Sobre a Nova Parceria de Anderson e Jovovich na Adaptação de George R.R. Martin
A mais recente colaboração entre o diretor Paul W.S. Anderson e a atriz Milla Jovovich está gerando burburinho no mundo cinematográfico. “Nas Terras Perdidas”, adaptação do conto homônimo de George R.R. Martin, representa o mais novo capítulo de uma parceria que se aproxima de seu primeiro quarto de século – algo que merece ser celebrado tanto por cinéfilos quanto por fãs de cinema de ação.
Uma Parceria de Sucesso que Continua Evoluindo
Desde o primeiro “Resident Evil” em 2001, Anderson e Jovovich têm construído uma filmografia consistente, que inclui não apenas a franquia de zumbis, mas também “Os Três Mosqueteiros” e “Monster Hunter”. Como o próprio diretor compartilhou em entrevista recente: “Tem sido muito divertido, sempre explorando novos territórios, estendendo os limites, sempre procurando fazer algo divertido, criativo e diferente.”
Esta nova produção permite que Anderson retorne às suas raízes visuais inspiradas no terror expressionista, agora adaptadas para um ambiente de estúdio com tecnologia de ponta usando fundos digitais gerados pela Unreal Engine.
Um Universo Único que Não é Westeros
Uma das principais preocupações dos fãs de George R.R. Martin era se o filme seria apenas uma tentativa de capitalizar sobre o sucesso de “Game of Thrones”. Anderson faz questão de esclarecer: “Não é Westeros”. Embora existam elementos políticos similares – uma Igreja forte e uma realeza poderosa – o visual e a ambientação são completamente diferentes.
O diretor optou por uma abordagem visual específica para capturar a essência do conto: “Eu quis me manter verdadeiro em relação à história que George R.R. Martin contou, esse conto de fadas adulto e sombrio, e achei que fosse mais adequado rodar assim do que em locações reais.”
Críticas Dividem Opiniões
As primeiras críticas ao filme têm sido polarizadas. Enquanto alguns especialistas elogiam a visão estilizada e a fidelidade ao material original, outros questionam se a dependência excessiva de cenários virtuais não prejudica a imersão na história.
A crítica especializada tem destacado a performance de Jovovich como a bruxa Gray Alys, cujos poderes proféticos a colocam no centro de uma trama palaciana envolvendo um caçador interpretado por Dave Bautista. A química entre os protagonistas tem sido um dos pontos mais elogiados pelos críticos.
Um Western Disfarçado de Fantasia Pós-Apocalíptica
Curiosamente, Anderson considera “Nas Terras Perdidas” como seu primeiro faroeste autêntico, apesar dos elementos de fantasia e ação. “Amo westerns e sua iconografia”, confessa o diretor, que se inspirou nos clássicos “spaghetti westerns” para a dinâmica entre os personagens principais.
Esta mistura de gêneros – combinando elementos pós-apocalípticos, medievais e de western – tem sido tanto elogiada pela sua ousadia quanto criticada pela possível falta de coesão estilística.
O Aval do Mestre da Fantasia

Talvez o maior teste para Anderson tenha sido mostrar o filme finalizado para o próprio George R.R. Martin. “Nos meus 30 anos de carreira foi o momento mais tenso que já passei numa sessão,” revela o diretor, que viajou até Santa Fé para exibir o filme no cinema particular do escritor.
Para alívio de Anderson e dos fãs, Martin deu seu selo de aprovação, afirmando que o filme “capturou a sua voz” – um testemunho significativo considerando o histórico de adaptações malsucedidas de outras obras do autor.
Vale a Pena Conferir?
Se você é fã do trabalho de George R.R. Martin, mas está cansado de esperar pelo próximo livro de “As Crônicas de Gelo e Fogo”, “Nas Terras Perdidas” oferece uma visão refrescante de outro canto da imaginação do autor.
A combinação de elementos políticos complexos, reviravoltas surpreendentes e criaturas fantásticas – marcas registradas de Martin – com a estética visual característica de Anderson promete uma experiência cinematográfica única.
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